quinta-feira, 19 de julho de 2012

Professores da UFPB rejeitam proposta do governo e greve continua

Assembléia ocorreu nesta quinta-feira na Reitoria da UFPB.
Professores federais estão em greve há mais de 2 meses.

Os professores da Universidade Federal da Paraíba rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal. A votação por amostragem aconteceu durante assembleia, nesta quinta-feira (19), no auditório da Reitoria da UFPB no campus de João Pessoa. A assessoria de imprensa da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Adufpb), disse que os professores seguiram a orientação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). A greve dos professores federais é nacional e os  estudantes já estão há mais de dois meses sem aulas.

Os professores rejeitaram a proposta do governo federal que oferece um reajuste que, considerando o salário do docentes em fevereiro deste ano, chegaria a até 45% em três anos, a partir de 2013. O resultado da assembleia será encaminhado para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Os sindicatos locais deverão enviar o resultado das assembleias ao Andes até as 19h de sexta-feira (20). A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento confirmou que o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, tem uma reunião agendada com o sindicato às 14h da próxima segunda-feira (23).


Reivindicações 
 
A principal reivindicação dos professores é a reestruturação do plano de carreira. Segundo eles, é muito difícil chegar ao ao topo no modelo atual, que é considerado injusto por eles. Eles também pedem que as gratificações sejam incorporadas ao salário. Em maio, o Governo Federal aceitou acrescentar uma única gratificação, mas não houve acordo.


Consequências da greve na Paraíba

Na Paraíba, professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Instituto Federal na Paraíba (IFPB) estão em greve. Na terça-feira (17) o movimento grevista completou dois meses. Por conta dos dias parados, os calendários das instituições vão sofrer mudanças.

O pró-reitor de ensino da UFCG, Vicemário Simões, explicou que já foram cumpridos 65 dias letivos de aula. “Temos que completar 100 dias letivos obrigatórios pelo Ministério da Educação. Quando a greve acabar, saberemos quando vamos completar os 100 dias de aula, e aí fazermos as devidas mudanças no calendário de aulas”, disse.

De acordo com a assessoria de imprensa da UFPB, atualmente a instituição tem 42 mil alunos distribuídos nos campi de João Pessoa, Areia, Bananeira, Rio Tinto e Mamanguape. Já a assessoria de imprensa da Adufcg informou que a Universidade Federal de Campina Grande conta com 20 mil alunos. Ou seja, 62 mil alunos sem aulas na UFPB e UFCG. Em junho, uma equipe do JN no Ar esteve na Paraíba, pois a UFPB tinha o maior número de alunos sem aula durante a greve dos professores federais. “Não existe a possibilidade dos alunos perderem o período. As aulas do próximo semestre vão ter que se estender aos primeiros meses de 2013, atrapalhando as férias de verão”, finalizou Vicemário.

A assessoria de imprensa da Pró-Reitoria de Graduação da UFPB informou que 95% dos professores pararam durante a greve, e que “quando o acordo for confirmado, finalizando a greve, as mudanças serão confirmadas. Mas podemos adiantar que os meses de Janeiro e Fevereiro de 2013 vão ser preenchidos com aulas do segundo semestre de 2012”, explicou. O IFPB confirmou através de Adolfo Vágner, do Comando de Greve do instituto, que as mudanças devem acompanhar a UFPB e a UFCG, fazendo com que esses dois meses parados sejam relocados para janeiro e fevereiro do próximo ano. Adolfo Vágner disse que 100% dos professores aderiram à greve.


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