sexta-feira, 22 de março de 2013

Ações de inclusão produtiva e social da Paraíba são destacadas em Brasília

As ações de inclusão produtiva e social trabalhadas pelo Governo do Estado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Emater Paraíba, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, foram destacadas durante reunião ocorrida entre as duas instituições, nesta terça (19) e quarta-feira (20), em Brasília.

Durante a reunião, o presidente da Emater-PB, Geovanni Medeiros, junto com o coordenador de Operações, Jailson Lopes, mostrou, por meio de um vídeo, o caso de sucesso da agricultora familiar Lúcia de Fátima Pereira Feitosa com a produção de aves. Moradora do sítio Serrote do Gato,em Serra Branca, no Cariri paraibano, a agricultura, com sua criação de galinhas, garante ovos para o consumo da família e comercializa para os mercados locais.

Em seu depoimento, dona Lúcia, que vive com o marido e três filhos, relata que, antes da criação de galinhas, vivia do Bolsa Família e de pequenos serviços. “Eu tinha vontade de tocar uma coisa, mas não tinha condição. Tinha vontade de trabalhar, mas não sabia em que ocupação”, conta.

Hoje, a família de dona Lúcia tem um plantel de 50 aves e já comemora a ampliação do aviário com a compra de 50 filhotes adquiridos neste mês de março. A meta é comprar de20 a30 por mês.

Para construir o aviário, dona Lúcia recebeu o fomento não reembolsável, cuja primeira parcela tem valor de R$ 1 mil. A exemplo da agricultora paraibana, cada família beneficiada pelo Brasil sem Miséria recebe R$ 2.400, divididos em três parcelas (uma de R$ l mil e duas de R$ 700), para iniciar uma atividade produtiva.

Das 2.400 famílias contempladas com o Plano Brasil Sem Miséria no Estado, 805 estão concentradas no território da Borborema e 496 no Cariri Ocidental e já recebem a primeira parcela de R$ 1 mil.
Para o secretário nacional da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchini, o exemplo da Paraíba mostra que, “mesmo num quadro de seca de muitas dificuldades, os agricultores do semiárido, com sua iniciativa, com orientação e assistência dos nossos técnicos, vêm encontrando viabilidade para melhorar a segurança alimentar e a renda da própria família”.

De acordo com o presidente da Emater, Geovanni Medeiros, uma família que tem assistência técnica e extensão rural (Ater) tem uma renda três vezes maior em relação a uma que não tem. Ele lembra que há “a especificidade de cada família, as possibilidades de cada sítio ou propriedade”.

Ele cita outro exemplo do agricultor Damião dos Santos, que, com a primeira parcela recebida de fomento do Plano, construiu o aviário com material existente na região e economizou R$ 300 em relação ao projeto inicial. Com o valor economizado, adquiriu uma porca. O animal pariu dez filhotes e cada porco foi vendido por cerca de R$ 100.  “Ou seja, o agricultor já recuperou o valor investido”, avaliou Geovanni, reforçando a importância da parceria entre os Governos estadual e federal.




Luciano Soares

 

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