As ações de inclusão produtiva e social trabalhadas pelo Governo do
Estado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA),
por meio da Emater Paraíba, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, foram
destacadas durante reunião ocorrida entre as duas instituições, nesta
terça (19) e quarta-feira (20), em Brasília.
Durante a reunião, o
presidente da Emater-PB, Geovanni Medeiros, junto com o coordenador de
Operações, Jailson Lopes, mostrou, por meio de um vídeo, o caso de
sucesso da agricultora familiar Lúcia de Fátima Pereira Feitosa com a
produção de aves. Moradora do sítio Serrote do Gato,em Serra Branca, no
Cariri paraibano, a agricultura, com sua criação de galinhas, garante
ovos para o consumo da família e comercializa para os mercados locais.
Em
seu depoimento, dona Lúcia, que vive com o marido e três filhos, relata
que, antes da criação de galinhas, vivia do Bolsa Família e de pequenos
serviços. “Eu tinha vontade de tocar uma coisa, mas não tinha condição.
Tinha vontade de trabalhar, mas não sabia em que ocupação”, conta.
Hoje,
a família de dona Lúcia tem um plantel de 50 aves e já comemora a
ampliação do aviário com a compra de 50 filhotes adquiridos neste mês de
março. A meta é comprar de20 a30 por mês.
Para construir o
aviário, dona Lúcia recebeu o fomento não reembolsável, cuja primeira
parcela tem valor de R$ 1 mil. A exemplo da agricultora paraibana, cada
família beneficiada pelo Brasil sem Miséria recebe R$ 2.400, divididos
em três parcelas (uma de R$ l mil e duas de R$ 700), para iniciar uma
atividade produtiva.
Das 2.400 famílias contempladas com o Plano
Brasil Sem Miséria no Estado, 805 estão concentradas no território da
Borborema e 496 no Cariri Ocidental e já recebem a primeira parcela de
R$ 1 mil.
Para o secretário nacional da Agricultura Familiar do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchini, o
exemplo da Paraíba mostra que, “mesmo num quadro de seca de muitas
dificuldades, os agricultores do semiárido, com sua iniciativa, com
orientação e assistência dos nossos técnicos, vêm encontrando
viabilidade para melhorar a segurança alimentar e a renda da própria
família”.
De acordo com o presidente da Emater, Geovanni Medeiros,
uma família que tem assistência técnica e extensão rural (Ater) tem uma
renda três vezes maior em relação a uma que não tem. Ele lembra que há
“a especificidade de cada família, as possibilidades de cada sítio ou
propriedade”.
Ele cita outro exemplo do agricultor Damião dos
Santos, que, com a primeira parcela recebida de fomento do Plano,
construiu o aviário com material existente na região e economizou R$ 300
em relação ao projeto inicial. Com o valor economizado, adquiriu uma
porca. O animal pariu dez filhotes e cada porco foi vendido por cerca de
R$ 100. “Ou seja, o agricultor já recuperou o valor investido”,
avaliou Geovanni, reforçando a importância da parceria entre os Governos
estadual e federal.
Luciano Soares
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