Estados, municípios e Distrito Federal devem prestar contas ao Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) dos recursos recebidos em
2011 pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) até 9 de
março.
Além disso, os gestores devem informar à autarquia os dados sobre os
investimentos feitos em educação em 2012. Pela Constituição Federal,
estados e municípios devem investir em educação pelo menos 25% de sua
arrecadação de tributos. O prazo vai até 30 de abril para os municípios e
até 31 de maio para os estados e Distrito Federal.
No caso da prestação de contas do PNAE, aqueles que não cumprirem o
prazo podem ficar sem os recursos do governo federal para a alimentação
escolar enquanto não regularizarem a situação. Os gestores devem
encaminhar os dados pelo Sistema de Gestão de Prestação de Contas
(SiGPC), também conhecido como contas online, disponível no portal
eletrônico do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
De acordo com o FNDE, até o fim da tarde desta quinta-feira (28),
mais de 3,9 mil prefeituras de 22 estados, ou seja, 70% dos municípios,
ainda não haviam prestado contas dos recursos da alimentação escolar no
contas online.
Os novos prefeitos que ainda não têm senha do sistema devem entrar em
contato com a central de atendimento pelo telefone 0800-616161. O FNDE
disponibilizou também um guia para auxiliar os gestores na prestação de
contas.
Após o fim do prazo, as contas serão analisadas e um parecer será
enviado pelos profissionais responsáveis ao FNDE até o dia 23 de abril. A
partir dessa data, as informações receberão ou não a aprovação da
autarquia. Segundo o FNDE, o orçamento do PNAE para este ano é de R$ 3,5
bilhões, para beneficiar mais de 44 milhões de alunos da educação
básica, incluindo o ensino de jovens e adultos.
Além das contas do PNAE, autarquia recebe também, desde a
segunda-feira (25) os dados sobre os investimentos feitos em educação em
2012. Eles devem ser enviados pelos municípios, estados e Distrito
Federal por meio do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em
Educação (Siope).
Nesse caso, quem não cumprir o prazo ou não conseguir comprovar que
investiu 25% do orçamento em educação fica inadimplente no Cadastro
Único de Convênios (Cauc) do governo federal. Com isso, deixa de receber
os recursos de transferências voluntárias da União e fica
impossibilitado de firmar novos convênios com órgãos federais.
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Luciano Soares
Luciano Soares
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