Cerca de 50 famílias de agricultores do litoral norte e sul do Estado
estão na fase final de instalação dos sistemas de irrigação, que têm
por objetivo melhorar a produção agroecológica em algumas comunidades
atendidas pelo Projeto Cooperar. Nesta terça-feira (12), começa a
escavação dos locais onde vão ficar os tanques de armazenamento de água,
na comunidade indígena Aldeia Silva de Belém, em Rio Tinto, a 52 km da
capital.
As valas têm a função de instalar a tubulação da linha
adutora, que tem por finalidade conduzir a água do leito do rio até os
tanques e assim ser distribuída na área irrigada. “Os tubos vão levar a
água dos tanques para as plantações de legumes, frutas e hortaliças que
são cultivados na região”, explicou o gestor do Projeto Cooperar,
Roberto Vital. Ele diz que 13 tanques já foram entregues, mas outros
sete devem chegar até o fim do mês para atender a outras comunidades.
Além
de Silva de Belém, em Rio Tinto, os sistemas de irrigação são
instalados nas comunidades Sede Velha do Abiaí, Primeiro de Março, em
Pitimbu; e Capim de Cheiro, em Caaporã. “A gente espera por isso há
cinco anos”, disse Iolanda de Oliveira Monteiro, beneficiada de Capim de
Cheiro. Ela tem quatro filhos e estima que a produção de feijão, milho e
hortaliça aumente com o sistema de irrigação.
A entrega dos
materiais de irrigação começou no ano passado. “A primeira comunidade
beneficiada foi o assentamento Nova Vida, também em Pitimbu”, declarou o
gestor do Cooperar. O assentamento tem 200 famílias integradas nos
projetos de agricultura familiar. O foco da produção é na agricultura
orgânica. “As pessoas estão cada vez mais conscientes de que os produtos
de base agroecológica são mais saudáveis e devem ser consumidos no
lugar dos convencionais, que levam agrotóxicos. Por isso, o nosso
incentivo”, disse.
Luciano Soares
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