O governador Ricardo Coutinho assinou, nesta terça-feira (19), em Campina
Grande, convênios de cooperação técnica do Projeto Cooperar com o Banco do
Nordeste e Embrapa para projetos de financiamento e assistência técnica e
pesquisa no semiárido paraibano. A assinatura aconteceu durante a abertura do
Seminário “Paraíba – Desertificação, agroecologia e os desafios da
sustentabilidade”, no Centro de Convenções Raymundo Asfora, quando também
lançou o Prêmio Ana Primavesi de Agroecologia.
Ricardo ressaltou que o lançamento de um prêmio a experiências de
agroecologia homenageia uma pessoa que dedicou a sua vida ao fortalecimento da
agricultura orgânica, da preservação adequada do solo. O prêmio será dado anualmente
aos pesquisadores e agricultores que desenvolverem projetos de agroecologia e
manejos do solo na Paraíba. A homenageada, escritora e engenheira agrônoma
austríaca Ana Maria Primavesi, 93 anos, bastante emocionada, agradeceu a
criação do prêmio com o seu nome e a hospitalidade dos paraibanos. “Quando
venho ao Nordeste é como se estivesse voltando para casa, pois somos muito bem
recebidos e nos sentimos bem”, afirmou. Ela é radicada no Brasil e pioneira na
construção e difusão do conhecimento agroecológico e na agricultura orgânica no
Brasil.
O seminário tratou de temas como ações de convivência no semiárido, algodão
agroecológico, desertificação e formas de enfrentamento, agroecologia e
desafios do ensino, pesquisa e extensão, desenvolvimento sustentável. Em seu
pronunciamento, o governador Ricardo Coutinho relatou as ações que o Governo do
Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca e
órgãos como Emater e Emepa, vem adotando para promover uma melhor convivência
dos produtores no semiárido, a exemplo da liberação de R$ 41 milhões para
financiar 451 subprojetos em 148 municípios por meio do Projeto Cooperar. “São
experiências como a cooperativa de tangerina em Matinhas, abatedouro de galinha
caipira em São Sebastião de Lagoa de Roça e Monteiro e as casas de mel no Brejo
sempre com um olhar agroecológico para oferecer produtos mais saudáveis a
população”, comentou.
O gestor do Projeto Cooperar, Roberto Vital, afirmou que o órgão tem
priorizado os investimentos em inclusão produtiva associada à agroecologia e
também em obras de infraestrutura hídrica nas regiões do semiárido. Os projetos
apoiados pelo Cooperar são resultantes da parceria entre o Governo do Estado e
o Banco Mundial. O próximo acordo de empréstimo encontra-se em pré-análise no
valor de cerca de R$ 100 milhões. Para que a parceria seja renovada, é fundamental
o empenho das associações de agricultores, conselhos municipais e prefeitos, no
sentido de estimular a dinamização democrática das propostas de desenvolvimento
rural sustentável no Estado.
Durante o seminário, o governador Ricardo Coutinho assinou convênios de
cooperação técnica do Cooperar com o superintendente do Banco do Nordeste na
Paraíba, José Maria Vilar e com a representante da Embrapa, Maria Auxiliadora
Lemos para projetos de financiamento e assistência técnica e pesquisa no
semiárido
Representantes de vários estados participam do evento, a exemplo dos
gestores dos programas de Redução da Pobreza Rural (PRPR) do Ceará, Rio Grande
do Norte, Sergipe e Pernambuco. Formaram a mesa de honra do evento, além do
governador Ricardo Coutinho, o vice-governador, Rômulo Gouveia, o secretário de
Planejamento do Estado, Gustavo Nogueira; o secretário de Agricultura de
Campina Grande, Guilherme Almeida; o secretário de Desenvolvimento da
Agropecuária e da Pesca, Marenilson Batista; o deputado estadual Assis Quintans,
o superintendente do BNB na Paraíba, José Maria Vilar, a pesquisadora da
Embrapa, Maria Auxiliadora; o reitor Rangel Júnior; o gestor do Cooperar,
Roberto Vital e a escritora Ana Primavesi.
Agricultores debatem importância da agroecologia no primeiro dia de
seminário
Cerca de 500 agricultores, estudantes, empresários e representantes de vários órgãos ligados à agricultura local participaram do primeiro dia de atividades do seminário “Paraíba – Desertificação, agroecologia e os desafios da sustentabilidade”. O evento, promovido pelo Governo do Estado, por meio do Projeto Cooperar, é realizado no Centro de Convenções, Raimundo Asfóra, em Campina Grande, e termina na tarde desta quarta-feira (20).
Cerca de 500 agricultores, estudantes, empresários e representantes de vários órgãos ligados à agricultura local participaram do primeiro dia de atividades do seminário “Paraíba – Desertificação, agroecologia e os desafios da sustentabilidade”. O evento, promovido pelo Governo do Estado, por meio do Projeto Cooperar, é realizado no Centro de Convenções, Raimundo Asfóra, em Campina Grande, e termina na tarde desta quarta-feira (20).
Logo nas primeiras horas do seminário, os participantes se mostraram
interessados em debater principalmente a agroecologia. “Vimos que o homem do
campo está cada vez mais consciente sobre o uso sustentável do solo e está
disposto a colaborar com a preservação do meio ambiente”, declarou o gestor do
Projeto Cooperar, Roberto Vital, adiantando que “o debate hoje gira em
torno dos meios e estratégias que levem à prática dessa iniciativa”.
Um dos destaques da programação desta terça foi a homenagem feita à
engenheira agrônoma Ana Primavesi, uma das mais importantes pesquisadoras da
agroecologia e da agricultura orgânica no mundo. Primavesi é pioneira na
preservação do solo e recuperação de áreas degradadas e foi convidada pelo
Governo do Estado a participar do evento em Campina Grande como forma de
incentivar o debate sobre o tema e também para homenagem. Em seu discurso, ela
enfatizou que “solo sadio leva à planta sadia, consequentemente deixa o homem
sadio”.
Outra participante dos debates foi a professora da Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG), Adriana Meira, que coordena um programa de agroecologia
na região do Cariri e se mostrou satisfeita com as discussões neste primeiro
dia. “Foi muito bom debater e compartilhar as experiências que desenvolvemos em
Sumé, como ações voltadas à educação e ao solo, convivência com o semiárido,
feiras agroecológicas e viveiros escolares”, comentou.
Nesta quarta-feira, o debate continua com foco nas ações de convivência com
o semiárido (experiência na Serra de Teixeira), algodão agroecológico
(viabilidade técnica e econômica no contexto do semiárido), exposição de
experiências em agroecologia e apresentação da Carta de Campina Grande:
Desertificação, Agroecologia e os Desafios da Sustentabilidade, que encerra o evento.
Fonte: Paraiba.pb.gov.br
Luciano Soares
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