terça-feira, 23 de abril de 2013

Professores de 16 municípios param por três dias na PB + Areia está na lista

A paralisação nacional dos servidores da educação programada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) atinge pelo menos 15 municípios no interior da Paraíba, desta terça-feira (23) até quinta-feira (25). Os professores e técnicos-administrativos de Campina Grande e Patos aderiram à interrupção, além de paralisação programada também nas escolas dos municípios de Montadas, Areia, Araras, Areial, Esperança, Fagundes, Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, Massaranduba, Pocinhos, Puxinanã, Queimadas e Remígio. João Pessoa também paralisou as aulas.

A mobilização nacional reivindica, dentre as principais propostas, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), a valorização da carreira profissional e a destinação de royalties do petróleo e de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

Após dois meses de greve, os servidores da Educação da Prefeitura de Campina Grande resolveram voltar às atividades no próximo dia 29. Em assembleia geral realizada nesta segunda-feira (22), os professores e técnicos-administrativos resolveram aderir à paralisação nacional e retomar suas funções depois do cumprimento da interrupção programada em todo o país pelo CNTE.

De acordo com o presidente do Sintab, Napoleão Maracajá, as aulas não lecionadas somente serão repostas quando os servidores e a administração municipal chegarem a um acordo. Até lá, o calendário escolar seguirá o mesmo. “Os servidores decidiram dar o voto de confiança ao governo, mas não cederão em lutar pelos seus direitos”, disse o presidente. Foi marcada uma mobilização da categoria já no dia 30 de abril, na Câmara de Vereadores de Campina Grande, às 9h.

Segundo a secretária de Educação de Campina Grande, Verônica Bezerra, está mantido um diálogo com os sindicalistas. "Em nenhum momento o diálogo foi quebrado. Concedemos logo em fevereiro um reajuste de 10% retroativo a janeiro, antes mesmo de qualquer sinalização do sindicato. A paralisação nacional reivindica um ganho para a educação e todos nós estamos em busca de melhorias. Significa um impacto direto na sala de aula, melhorias de gestão e formação de professores", afirmou a secretária.

Os professores de Patos decidiram iniciar a greve a partir de segunda-feira (22) e também seguem com mobilizações durante a paralisação nacional. A Prefeitura de Patos afirma que continua dialogando com o movimento. "Sempre fui professora e não fico feliz de ver uma greve na minha gestão. Nossa vontade é fazer com que os trabalhadores estejam satisfeitos, mas iremos dialogar sobre o que pode ser feito no momento", disse a secretária de educação do município, Adalmira Marques.


G1 Paraíba


Luciano Soares

 

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