O governador Ricardo Coutinho vai defender a adoção de novas medidas
de convivência com a seca durante reunião nesta terça-feira (2), em
Fortaleza, com a presidenta Dilma Rousseff e demais governadores do
Nordeste. A 17ª reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, será às
10h, no Centro de Eventos do Ceará.
No encontro, Ricardo Coutinho
vai propor a desburocratização da liberação dos recursos emergenciais
para a seca, o perdão da dívida dos agricultores atingidos pela estiagem
com o Banco do Nordeste, a abertura de novas linhas de crédito e a
distribuição de milho para complementar a ração animal distribuída pelo
Estado.
O governador comentou que a seca ocasionou a perda de
plantações e do rebanho e, por isso, seria importante que o Banco do
Nordeste suspendesse a cobrança das dívidas dos produtores por um
período.
“Não é possível que a economia dos Estados nordestinos continue
sofrendo dessa forma com a queda da produção agrícola e a perda dos
rebanhos. Por isso, vamos pedir o rolamento das dívidas e a liberação de
recursos para que o produtor possa sair da crise investindo”, explicou.
Ricardo
destacou que a dívida dos produtores foi provocada por fatores
climáticos e não por vontade própria e a situação deve ser superada,
caso contrário a situação sairá do controle. O governador defendeu uma
nova dinâmica para agilizar e desburocratizar o repasse dos recursos
federais para os Estados.
O Governo do Estado investiu R$ 15
milhões para comprar silagem, farelo de soja e torta de algodão para
serem repassados de forma subsidiada ao produtor e mais R$ 5,5 milhões
em ração gratuita. O Estado também investiu R$ 3,5 milhões para a
distribuição de mais de 4 milhões de raquetes de palma resistente à
Cochonilha do Carmim. “O esforço que fizemos distribuindo ração animal
foi importante para que conseguíssemos evitar que grande parte do
rebanho fosse dizimada pela falta d’água”, avaliou.
Distribuição do milho -
Outro apelo que será feito ao Governo Federal é a distribuição do milho
para complementar a alimentação animal. “Infelizmente a Conab não
conseguiu sistematizar a distribuição do milho e vamos discutir como o
Estado pode ajudar para que o produto chegue aos nossos produtores.
Estamos dispostos a contribuir dentro do que for possível para proteger
parte do nosso rebanho que sobreviveu”, afirmou.
Luciano Soares
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